segunda-feira, 15 de junho de 2009

Saindo sozinha no dia dos namorados

Fiquei todo final de semana em casa e sozinha. Sim, estou em Floripa a pouco mais de três meses e ainda não fiz amizades. E o pessoal de Criciúma que mora por aqui foi visitar a família, efeito feriadão. Fazer novas amizades não é tão fácil quando você não está na faculdade ou não trabalha em um local cheio de gente. Mas daqui a pouco mudo tudo isso. A minha nova fase de vida só está começando. Também tenho que aprender a não ser tão tímida. Eu era melhor nisso antigamente.

Na sexta-feira decidi sair sozinha. Na verdade ir ver um filme sozinha. Era o último dia do FAM (Festival Audiovisual do Mercosul) e seria exibido o filme brasileiro Budapeste. Cheguei do trabalho quase sete horas da noite. Comi alguma coisa, vi o telejornal e fui até a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). Sai de casa pertinho das nove horas da noite, horário que iniciava a exibição do filme. Estacionei meu carro e fui até o auditório. Cheguei lá e fiquei surpresa com a fila que vi. Ela era enorme e chegava a ocupar toda frente do prédio. Mas não desisti, fui até o final da fila e fiquei esperando.

- Será que cabe esse pessoal todo lá dentro? Perguntei para a menina que estava atrás de mim.
- Dizem que cabem 1.500 pessoas, aqui na fila não tem isso tudo. Cabe sim.
- Tomara.

Essa foi a rápida conversa da fila. Sempre existe uma conversinha né? E sempre existe quem não goste desse tipo de conversinha. Fiquei ali esperando, ouvindo a conversa dos outros e pensando. Será que alguém notou que eu estava sozinha ali? Será que alguém pensou: "Que menina solitária... e logo no dia dos namorados?". Eu pensaria. Lembrei de uma matéria que li onde uma jornalista foi a alguns lugares sozinha e depois relatou o que sentiu em cada lugar. Também informou quantas vezes foi cantada por alguém e se indicaria fazer tais programas sozinha. Lembro que no cinema foi tranquilo, o lugar ali era parecido, então acho que seria tranquilo para mim também.

Continuei pensando e ainda na fila que começou a andar um pouco. A mulher e a amiga dela que estavam atrás de mim ficaram quietas depois de dizer que chegar naquele horário numa festa era cedo demais. Atrás delas na fila estavam dois homens músicos. Esses falavam bastante. Um tocava violino e o outro guitarra, se não me engano. Lembro do violino porque acho super legal ter um violinista em qualquer banda. Eles até marcaram de fazer parceria porque alguém precisava de músicos. E falavam sobre os lugares legais da ilha. Realmente eles conversavam bastante. Na frente um casal de amigos conversavam sobre cinema. O homem parecia entender mais do que a mulher que estava com ele.

Enquanto isso mais pessoas chegavam, pessoas desistiam da fila e alguns só passeavam olhando o movimento. Olhei alguns grupos de estudante e pensei: Por que não vim estudar aqui? Quando vi um grupo hippie pensei que eu certamente faria parte de um grupo assim.

- O filme já iniciou pessoal e o auditório está lotado.

Alguém da organização veio avisar o que eu estava imaginando quando iniciei a conversa na fila. A noite realmente foi um sucesso e não caberia mais ninguém no auditório. Ele repetiu o aviso novamente e eu fui embora para casa.

Um comentário:

  1. Que petulância!!Sozinha por opção magalicious!! eeeeeee vizi de quarto!!

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